venho por este meio demonstrar a minha profunda indignação relativamente ao começo do dia de hoje.
NÃO ME CABE NA CABEÇA FAZER QUALQUER TIPO DE EXERCÍCIO FÍSICO AO AR LIVRE QUANDO O TERMÓMETRO MARCA 2ºC!
não devia ser permitido. odiei. senti o meu corpo a congelar até aos ossos, o ar que saía dos meus doridos pulmões parecia fumo de charuto. dias destes deviam servir para uma pessoa ficar a descansar em casa...
pois. descansar em casa, com uma mantinha quentinha, a ver televisão e a beber chá quente não passou de uma imagem disforme, lá ao fundo do túnel; de um momento impossível de concretizar. e é claro que foi o principal tema de hoje.
"a esta gente é difícil agradar" - devem pensar os professores. principalmente o nosso professor de educação física, aposto. às tantas, ria-se por dentro com os gemidos e as reclamações dos indefesos alunos que, não habituados ao sofrimento, se lamentavam da sua árdua vida de estudante. que sentido é que faria aquilo?! estava frio, não devíamos fazer aula!
eu também barafustei, assumo. mas, depois, lembrei-me do que a minha mãe me disse há pouco tempo. estávamos a falar da crise financeira que tem abalado o mundo, e eu tentei ver algum aspecto positivo nisso... talvez a humanidade se una por uma boa causa, disse eu, estupidamente.
"a tua geração está habituada a ter tudo facilitado. rapidamente se mantêm em contacto e acham que o dinheiro e o mundo são coisas com as quais é fácil lidar. esta crise vai fazer com que vocês percebam que a vida é realmente dura e que não tem sentido estarem-se sempre a queixar por tudo e por nada"
pimbas, chapada na cara.
mas é verdade.
foi duro aguentar aquele par de graus centígrados no corpo enquanto lutávamos por um bom desempenho na aula. foi duro termos de nos controlar. vai ser sempre duro, e é preciso que nos habituemos desde já.
eu sei que o inverno é passageiro e, daqui a bocado, já me estou a queixar do calor. enquanto o incómodo for físico e tolerável, aguento.
tenho é medo do que poderá vir, no que diz respeito a dores financeiras, profissionais, emocionais e psicológicas.
hoje tenho prato quente na mesa todos os dias... sei lá eu se, daqui a dez anos, nem dinheiro tenho para me aquecer!
e lamento muito, por todos os que estão nessa situação agora. por todos aqueles que hoje dormem ao frio, silenciados. por todos aqueles que não sabem que, dali a hora e meia, já estarão no conforto de uma sala quente.
NÃO ME CABE NA CABEÇA FAZER QUALQUER TIPO DE EXERCÍCIO FÍSICO AO AR LIVRE QUANDO O TERMÓMETRO MARCA 2ºC!
não devia ser permitido. odiei. senti o meu corpo a congelar até aos ossos, o ar que saía dos meus doridos pulmões parecia fumo de charuto. dias destes deviam servir para uma pessoa ficar a descansar em casa...
pois. descansar em casa, com uma mantinha quentinha, a ver televisão e a beber chá quente não passou de uma imagem disforme, lá ao fundo do túnel; de um momento impossível de concretizar. e é claro que foi o principal tema de hoje.
"a esta gente é difícil agradar" - devem pensar os professores. principalmente o nosso professor de educação física, aposto. às tantas, ria-se por dentro com os gemidos e as reclamações dos indefesos alunos que, não habituados ao sofrimento, se lamentavam da sua árdua vida de estudante. que sentido é que faria aquilo?! estava frio, não devíamos fazer aula!
eu também barafustei, assumo. mas, depois, lembrei-me do que a minha mãe me disse há pouco tempo. estávamos a falar da crise financeira que tem abalado o mundo, e eu tentei ver algum aspecto positivo nisso... talvez a humanidade se una por uma boa causa, disse eu, estupidamente.
"a tua geração está habituada a ter tudo facilitado. rapidamente se mantêm em contacto e acham que o dinheiro e o mundo são coisas com as quais é fácil lidar. esta crise vai fazer com que vocês percebam que a vida é realmente dura e que não tem sentido estarem-se sempre a queixar por tudo e por nada"
pimbas, chapada na cara.
mas é verdade.
foi duro aguentar aquele par de graus centígrados no corpo enquanto lutávamos por um bom desempenho na aula. foi duro termos de nos controlar. vai ser sempre duro, e é preciso que nos habituemos desde já.
eu sei que o inverno é passageiro e, daqui a bocado, já me estou a queixar do calor. enquanto o incómodo for físico e tolerável, aguento.
tenho é medo do que poderá vir, no que diz respeito a dores financeiras, profissionais, emocionais e psicológicas.
hoje tenho prato quente na mesa todos os dias... sei lá eu se, daqui a dez anos, nem dinheiro tenho para me aquecer!
e lamento muito, por todos os que estão nessa situação agora. por todos aqueles que hoje dormem ao frio, silenciados. por todos aqueles que não sabem que, dali a hora e meia, já estarão no conforto de uma sala quente.
2 comentários:
como tudo na vida... se em áfrica(etc.) se toma-se banho todos os dias, e se descarregasem autoclismos, com a bela da agua potável... de certeza que nem era do frio que te queixavas... o quintal do vizinho é sempre mais bonito, neste caso é o contrário... gosto muito de ler este blog, tens cabeça pra isto!tanto temas pessoais como temas da sociedade em geral, arrancas-me sempre um sorriso ao lêr, ou ainda mais importante, ficar incomodado ou alertado com as tuas teorias, que muitas vezes passam a ser nossas...
obrigada tiago :)
também gosto muito de ler os comentários que me deixam ^^
Enviar um comentário