25.5.11

esta vida de universitária está a dar cabo de mim...

... de uma forma tão intensa que já ouvi queixas por nunca mais cá meter os pés como deve ser. há falta de melhor, portanto passo a justificar o que tenho andado a fazer da minha vida e aproveito para fazer uma retrospectiva sobre o meu primeiro ano académico, que está (finalmente!) a terminar. na verdade, tenho pena de não me sentir mais feliz por estar a chegar ao fim, e desengane-se quem pense que é por achar que vou ter saudades. as aulas vão acabar, e os exames estão aí à porta, prestes a entrar por aqui a dentro sem pedir autorização.

a faculdade é um mundo um bocado esquisito.
por um lado, temos as normais exigências escolares sempre à perna - e o meu curso é audaz por pedir um (às vezes dois) trabalhos de apresentação oral por cadeira. esses trabalhos, muitas vezes, são de semestre - o que significa que tenho cerca de quatro meses e tal para planear um projecto (seja ele qual for) e executá-lo segundo o que dita a cadeira. eu tenho sete cadeiras diferentes, e aulas à tarde todos os dias. a parte fixe é que à sexta posso ficar a dormir. para além disso, tenho livros para ler e analisar, testes, exames, portefólios, relatórios, recensões, contabilização de faltas e salas sem ar-condicionado.

por outro lado, surgem por todo o lado imperdíveis propostas de festejo. quem é que é capaz de recusar uma noite de loucura quando, à partida, já sabe que o resto da semana vai implicar trabalho massivo? bom, eu não. depois ando aqui neste 8 e neste 80, como o meu amigo orlando. a diferença é que não vou viver 400 anos, por isso tenho de aproveitar tudo como me for possível. se a faculdade um dia me deixar marcas, a primeira será de certeza no fígado.

a par disto, tenho tentado empenhar-me no projecto que tenho vindo a desenvolver com o meu irmão, de seu nome beatshake. é bastante recente e ainda só disponibilizámos duas músicas, apesar de ainda termos mais duas para sair que só precisam de uns retoques. andamos cheios de vontade de gravar mais e mais, mas parece-me que só a partir da próxima semana é que poderemos dedicar-nos com mais rigor. tomei a liberdade de publicar neste blogue uma, há coisa de mês e meio, e agora outra, aqui nesta barra lateral à direita. vamos dando um passo de cada vez.
até agora, já me fiz ouvir na vodafone fm, com duas músicas integradas no set do meu irmão e no loft, sábado, quando ele decidiu pôr uma música nossa para ver a reacção do público. tenho a dizer que foi bastante positiva. é claro que sou suspeita, já que naquele momento sentia-me possuída por mil demónios.

é basicamente isto.
ando tão inteligente que nem sequer consigo concluir o raio do texto.
cá vai:

fim.


5.5.11

ervas

num destes fins de tarde cheio de sol, pus-me a contemplar os canteiros do parapeito da minha janela. a planta crescia, vigorosa, e eu não podia deixar de notar nas plantinhas que a rodeavam. pareciam súbditos, a venerar a planta principal cujo nome eu nem sequer sei, mas ela era o palco e as folhas caídas e enraizadas na terra eram a plateia que se instalou sem a autorização de ninguém.
- já viste, que lindas estas plantas? estão cheias de flores microscópicas!
- lindas?! são ervas daninhas, tenho de as tirar daí porque estragam a terra toda.

e porque não deixá-las estar, se é o que a natureza quer?, e se são bonitas?