30.11.09
tweeter
juntei-me ao tweeter por mera curiosidade. após duas tentativas falhadas de compreender aquele sistema, cá estou eu de volta, se bem que algumas questões ainda me assombram a cabeça.
1º - estou com vontade de fazer xi-xi, será obsceno colocar isso lá?
2º - porque raio é que as pessoas irão achar interessante o que estou a fazer agora? coscuvilhice pura?
3º - terei muitos seguidores?
4º - põem-me escutas pela casa?
eu digo-vos, se é que vos interessa, o que ando para aqui a fazer. estou sentada na sala, à frente do computador. está muito frio e os muffins de chocolate estão a olhar para mim de forma tentadora. tenho uma ferida no dedo anelar da mão direita. acabou de passar um carro na minha rua e os pássaros cantam lá fora.
sinto-me bastante reconfortada por amanhã ser feriado, e por pouco ter feito hoje: joguei basquet na escola, simplesmente. mas cá está o meu endereço de tweeter, basta clicar aqui.
agora tenho de fazer o trabalho de educação física e preocupar-me com a entrega atrasada do ante-projecto de área de projecto. postumamente, irei deliciar-me com os feitos históricos da nação portuguesa, para um teste que terá lugar na quarta-feira.
tenho cieiro.
29.11.09
banco alimentar contra a fome
estive lá, episódios interessantes. e também contribuí. 0,39€ numa lata de salsichas, 0,89€ em quatro pacotes de bolachas, 0,59€ numa embalagem de esparguete. 1,87€ apenas.
o que é que custa?
os nossos conterrâneos precisam de nós. vamo lá rapaziada!
conversa de um louco
estar frio, como hoje, serve para andar lá fora.
andar todo nu à chuva faz bem à saúde e à alma,
principalmente se a chuva está fria, fria, quase gelada.
porquê? porque é como um abanão no espírito,
uma dor um tanto ou quanto aconchegante.
as luzes natalícias também ajudam.
sou só eu comigo, e ninguém pergunta nada.
nem como, nem porquê.
toca um jazz na minha cabeça, eu vou sorrindo,
ignorando qualquer coisa incomodativa.
incomodar-me porquê?
pois se é domingo, terça-feira é feriado,
e fartei-me de comer chocolates!...
23.11.09
tu, simples transeunte
"tu, simples transeunte,
que não apenas um mero transeunte és.
passo por ti na rua, com o embalo do quotidiano,
e pronto.
é só isso que representas na minha vida: ar.
talvez haja uma troca de olhares,
talvez não.
talvez nem sequer repare que lá estás.
mas estás, e sei quem és
e tu, provavelmente, saberás quem sou
(ou talvez não sempre, porque vá-se lá saber
porque é que eu mudo tanto o cabelo).
mas acho que sabes.
então, não és só um transeunte incógnito.
já soube o teu nome.
lembras-te?
e chegámos a trocar dois dedos de conversa,
uma vez por outra.
lembras-te?
estudámos na mesma escola
e tínhamos amigos em comum,
também se contam pelos dedos as boleias
que te dei de manhã, a caminho da escola,
no carro do meu pai, que agora é meu.
ah, o meu pai...
nem sabes que ele morreu.
nem sei se te comoveria.
hoje só és isso, um simples transeunte."
autor um tanto ou quanto desconhecido
17.11.09
regresso ao futuro
como hoje é dia de se estar triste, vou tentar animar-me ao publicar (uma vez mais) uma música que o reflicta mas, desta feita, traduzida. e quem mais interessante para proceder à dita tradução que eu? basicamente toda a gente, mas eu é que mando neste raio de blog.
vamos tentar rir-nos um bocadinho, porque ao vivo esta técnica funciona. e vamos tentar perceber o que é que os nossos amigos da brincadeira fria nos querem dizer com estes cânticos.
vou ter contigo, peço-te desculpa,
tu não sabes o quão amável és.
tinha de te encontrar, dizer-te que preciso de ti,
dizer-te que te afastei.
conta-me os teus segredos e faz-me as tuas perguntas
ah, vamos voltar ao princípio.
oh que caraças, então voltem ao princípio, que não me apetece continuar a consultar o vagalume. mas experimentem traduzir em casa, ouvi dizer que tinha piada!!
nobody said it was easy...
no one ever said that it would be this hard.
i'm going back to the start.
15.11.09
tarde de domingo
deambulando entre os corredores do super-mercado, deparei-me com o meu carrinho de compras - aliás, nosso carrinho de compras - e passei-lhe os olhos por breves instantes; breves, porque numa fracção de segundo o meu choco-radar conduziu a minha visão até duas caixas de chocolate que se mantinham escondidas, debaixo do papel higiénico. o meu chocolate preferido.
- estás louca?
- o quê?
- vais comprar DUAS caixas de chocolate? queres matar-me?
- é para nós as duas!... ainda esta semana te queixaste que te apetecia e não tinhas...
- mãe, vais arruinar a dieta e a vida saudável!
- oh, se quiseres volta a meter na prateleira. - e, dito isto, virou-me costas.
- como é que me podes pedir uma coisa dessas?!
- é mesmo ali, ao pé da secção de higiene. vá, vai lá.
- eu sei onde é que é... mas como é que estás à espera que eu vá lá pôr?
- o que é que tem?
- oh, mãe - lamentei, com um sorriso pouco convencido - não consigo...
- está bem, ponho eu. - e pegou nas caixas.
- o quê?! vais devolver as duas?
- sim, não era suposto?
- pensei que ias deixar a tua...
- sim, posso deixar... ou então levamos as duas e eu escondo-as.
- não, também não é preciso tanto...
- é que eu como um chocolatinho de vez em quando; não sou como tu, que os comes de enfiada.
- eu detesto que os escondas e nem te vale de nada. só me aumentam as ganas de enfardar! independentemente de onde os guardares, já sabes que eu acabo por encontrar!
- não faz mal. levamos, mas não os comes todos numa tarde, ok?
- está bem. agora é que é! desta vez controlo-me.
12.11.09
código civil
"eu ainda tentei argumentar, mas
tapa na cara para me desmoralizar
tapa
tapa
tapa na cara pra mostrar quem é que manda"
é de pequenino que se torce o pepino, e é de pequenino que o burguês corre aos atropelos para apanhar atalhos e chegar primeiro.
é de pequenino que assim age, e pequenino permanece.
capitalistas de merda.
11.11.09
what's your reason?
would you stop talking?
muito de quando em vez, paro e penso que me podias ter ensinado. agora vais tarde...
muito de quando em vez, paro e penso que me podias ter ensinado. agora vais tarde...
10.11.09
a minha mamã é doce
quando era pequenina, gostava de folhear um livro que se chamava assim, "a minha mamã é doce". falava sobre uma mamã doce, que abria as torneiras de casa e transformava-a numa piscina gigante, e coisas assim. entre todas as coisas doces que a mamã fazia, essa era a minha preferida. como aquele episódio do tom & jerry, que eles abrem também as torneiras até a água inundar o chão, e depois congelam-na e patinam no gelo pela casa. esse era um dos meus sonhos de criança e, obviamente, nunca os concretizei.
mas não importa.
a minha mamã é doce,
mas não era por fazer trafulhices, era pelo simbolismo que agora, enquanto crescida, atribuo a esse conto. as mamãs fazem coisas espantosas só para verem os seus filhotes com um sorriso na cara. as mamãs são umas heroínas de guerra. suportaram aquele peso enorme na barriga durante nove meses, e nem quero imaginar como custou o que se seguiu; o acto de nos trazer à vida. e não é só pelos custos físicos que um parto traz, mas também por todas as responsabilidades que um bebé frágil acarreta. e esse bebé frágil tornar-se-á adulto, e convém que uma mamã seja doce o suficiente para o fazer crescer. mas também não pode ser doce demais.
como os bolos - se são doces demais, dão-nos dores de barriga.
as mamãs ralham e ainda mais doces ficam. e são doces para sempre, mesmo que estejam longe, ou mesmo que as últimas coisas que tenham dito sejam "vai estudar" ou até "arruma-me a porcaria toda da tua estante".
quando uma mamã diz coisas como "porcaria", "raios partam a miúda, chiça!" ou "deixa-me ver televisão sossegada", não percebem que, para além de nos irritarem profundamente, são doces e lindas.
cá está uma homenagem às mamãs. estejam onde estiverem, merecem esse nome, que é mais do que as quatro palavras que o constituem. não mãe, mas sim mamã. é doce.
9.11.09
como ser um cidadão exemplar
tarefa nº 1 - arranjar maneira de canalizar a raiva sem matar ninguém.
tarefa nº 2 - esconder o corpo da vítima em local seguro.
2.11.09
saci
o saci pererê foi uma figura bastante presente na minha imaginação de criança. para muitas pessoas que conheço, é apenas aquele de quem fala a ivete na sua música.
sim, "pererê saiu na capa do jornal fumando cachimbo em pleno carnaval", mas antes de ouvir essa música, já ouvia eu as "estórias" desta figura lendária.
"o saci é sapeca", dizia o meu pai, "causa remoinhos com vento, faz você se perder na floresta, e fica fazendo travessuras nas fazendas". eu ouvia com muita atenção e, um dia, deu-me um concelho que até hoje guardo:
"dizem que se você se perder na mata, deve colocar um cachimbo ou um cigarro dentro daquelas aberturas de um tronco de árvore, que o saci te indica o caminho de volta. não sei como, mas você descobre."
acho que esse dia nunca vai chegar. além disso, o saci é tão velho e só tem uma perna, coitado. no entretanto, eu cá ando com um cachimbo na mala, não vá o diabo tecê-las...
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