1.2.09

tiro certeiro

que mundo é esse, do outro lado do espelho?

o que é que aí se passa, que tanto me faz gostar de mim, como odiar-me de morte?

é tudo ao contrário, aí? isso existe para fazer uma espécie de simetria com o que vejo aqui?

o que é que acontece quando eu não olho para lá?

será que o reflexo é aquela outra perspectiva que só é real quando eu quero?
que só existe (ou só vejo existir) quando o encaro de frente?

e porque é que não me recuso a olhar? se eu não olhar, é como se não existisse - ponto.

"tu vês o mesmo que eu?"

muito provavelmente, não. e, apesar de tudo, essa não é a resposta para todos os problemas.

eu quis provar que víamos de maneiras diferentes, mas só o pude fazer ficando escondida. olhando através da objectiva. [click] ora, aqui está: é isto que vejo. mas tu não me vês. "porque eu não deixei"

6 comentários:

Dann disse...

Whoa, I dig it. Like the Photography.

Alex Vaz disse...

"Porquê este mundo em nevoeiro?

Será que o nevoeiro é a minha visão perdida no ar pouco claro? Será que não fui forte o suficiente para ver que bastava querer olhar para, de facto, conseguir olhar?
Será uma questão de perspectiva que não me deixa encarar o mundo tal como ele é? Se calhar nunca vi o mundo em que vivo. Se calhar perdi-me num nevoeiro, se calhar nunca olhei à minha volta.
Se calhar nunca quis olhar. E se não olhasse, era como se não existisse. Nunca lá esteve. Mesmo estando lá.
E vou sair do nevoeiro. Porque quero. Porque é a resposta (será?) para os meus problemas."

...

Anónimo disse...

Porque pensar que ficar escondido desloca a visão daquilo que é real?Talvez seja o pensamento de achar que não faz parte do meio em que realmente vive, ou quem sabe, já se cansou de enxergar as coisas e ter que admitir que está vivendo a pura realidade.

C disse...

quanto ao comentário no meu bloguito..:

é verdade... um diário dá jeito para ver todas essas coisas mas comigo não deu muito resultado!

Marta disse...

maratona das 12 horas seguidas dá nisto. Espero que melhores depressa, senti a tua falta. Mesmo mesmo.

adoro a nossa fotografia.

Bilal Ahmad disse...

Bem pode se dizer que julguei o livro pela capa, pois gosto bastante do teu blog, onde expressas ideias bastante interessantes e fiquei bastante surpreso quando o comecei a ler não estava a espera disto sinceramente :x.
Escolhi este post para comentar visto que é o qual que me identifico mais, pois tenho uma letra da minha banda que se refere a tal subjectividade dos espelhos e retrato-a através de uma ideia semelhante à tua, que como é óbvio concordo com ela

Continua com isto :)